quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

GIDEAO DA SILVA, vale a pena Ler, Não Negocie a sua Fé!!

Então o anjo do SENHOR veio, e assentou-se debaixo do carvalho que está em Ofra, que pertencia a Joás, abiezrita; e Gideão, seu filho, estava malhando o trigo no lagar, para o salvar dos midianitas. Então o anjo do SENHOR lhe apareceu, e lhe disse: O SENHOR é contigo, homem valoroso. Mas Gideão lhe respondeu: Ai, Senhor meu, se o SENHOR é conosco, por que tudo isto nos sobreveio? E que é feito de todas as suas maravilhas que nossos pais nos contaram, dizendo: Não nos fez o SENHOR subir do Egito? Porém agora o SENHOR nos desamparou, e nos deu nas mãos dos midianitas Então o SENHOR olhou para ele, e disse: Vai nesta tua força, e livrarás a Israel das mãos dos midianitas; porventura não te enviei eu? (juizes 6:11 ao 14)

Os crentes, embora ortodoxos na sua doutrina, estavam baixando seu padrão de comportamento e vivendo em pecado. Era difícil distinguir um crente de um não crente pela maneira como viviam. Com isso, o mundo começou a invadir a igreja tirando delas os frutos. Muitas famílias criavam seus filhos na Escola Dominical somente para perdê-los quando entravam na escola superior. Além disso, muitos dos novos crentes estavam sendo desviados pelas falsas religiões que cercavam a igreja por todos os lados. Parecia que apesar de todo o esforço para evangelizar, o fruto não permanecia. As igrejas plantavam a boa semente, mas na hora da colheita era as falsas religiões, o materialismo e secularismo que ceifavam todos os frutos. Muitos se encontravam entocados, limitando, quase que totalmente, suas atividades às quatro paredes da igreja. Enquanto isso, as forças do inimigo aumentavam cada vez mais. Parecia impossível, aos cristãos, fazer algo par a vencer as forças incontáveis do inimigo.
Mas Deus encontrou alguém que estava fielmente pregando o Evangelho de Cristo. Por ser um homem que vivia aquilo que pregava, foi apelidado de “o santo homem de Deus”. O Senhor Deus fez a ele um desafio. Parecia que estava lhe dizendo: ”O Senhor é contigo, homem valente, vai nessa tua força, prega o Evangelho a toda criatura e ganha este mundo perdido para Cristo”. E o homem disse: “É isso mesmo, precisamos fazê-lo. E ainda bem que Deus me escolheu. Se existe ainda, neste mundo, alguém fiel ao Senhor, que creia se a Bíblia a Palavra de Deus, que aos outros demonstre a sua fé, esse alguém sou eu. Creio que sou a pessoa mais indicada para fazer essa obra. Eu vou fazê-la. Vou traçar um plano para ganhar o mundo inteiro”.
Naquela mesma noite, Deus lhe disse: “Prega contra o materialismo que está tomando conta da tua própria igreja. Existem homens que amam mais o dinheiro do que a Mim. Prega contr a as falsas religiões. Há pessoas aqui dentro da igreja que consultam horóscopo, que seguem as sugestões do Seicho-No-Iê, que são membros de sociedades secretas e praticam espiritismo. Prega contra a imoralidade. É uma vergonha a libertinagem existente entre os que se chamam pelo meu Nome. Tens de acabar com isso para fazer a Minha obra”.
Mas o líder achou essa medida muito drástica! Iria criar muitas inimizades e, para fazer a grandiosa obra de ganhar o mundo para Cristo, precisaria da ajuda e cooperação de todos. Não que ele apoiasse tais práticas, mas resolveu fazer vista grossa e não mencionar tais coisas nas suas mensagens. Aquela não era hora de apontar os males e criar divisões. Era a hora de unir as forças. E o povo da igreja, vendo a sua simpatia e compreensão, mudou o eu nome de “santo” para “o líder amigão”.
O grande amigo resolveu que estava na hora de iniciar uma grande obra. Convocou uma reunião de todos os verdadeiros crentes que estavam dispostos a trabalhar na causa de Cristo levando o Evangelho do Senhor aos confins do mundo. Mas no dia da reunião ele ficou grandemente decepcionado. Apareceram apenas trezentas pessoas. Na sua maioria era jovens que não dispunham de muitos recursos. Não havia nenhum dos membros ricos da igreja, e o líder começou a pensar como iria financiar o programa. Além disso, não havia nenhum dos intelectuais para apresentar a mensagem de maneira propícia ao mundo materialista. Não havia nenhum político de posição para abrir as portas e nenhum general para dar o seu apoio. Apenas trezentos homens, mulheres e jovens, simples vasos de barro, armados somente com o fogo do Espírito e dispostos a fazer barulho em nome do Senhor. Força insignificante contra um imenso mundo de perdidos.
O líder sentiu que jamais iria alcançar o seu alvo de evangelizar o mundo inteiro com um grupo tão inexpressivo e tão mal equipado. Reconhecendo que o número era pequeno porque ele havia sido exigente, tanto na qualidade dos obreiros como no propósito do empreendimento, resolveu alargar o escopo do seu ministério e deixar de ser tão separatista.
E assim, lançou uma grande campanha, convidando cristãos de todas as denominações a participar de um grande movimento: “Cristo para um mundo melhor”. O resultado foi o aparecimento de cerca de 10.000 pessoas interessadas nesse programa.
O líder animou-se com o fato de que muitos que antes havia considerado seus inimigos, estarem presentes e apreciou o sentimento de camaradagem e união entre todos os membros das várias igrejas. Verdade era que a maioria das pessoas pertencia a igrejas que tinham doutrinas com as quais ele não concordava, mas vendo que apoiavam o seu programa e estavam dispostos a trabalhar juntos, resolveu não fazer caso disso. Dez mil essa multidão, já era um grande passo à frente.
Mesmo assim, parecia pouca gente para o mundo todo, seria necessário aumentar esse exército para poder vencer as forças do inimigo. Consultando vários outros líderes sobre o que poderia ser feito, chegou a uma conclusão genial. Contratou uma empresa de publicidade para promover mais uma grande concentração. Milhares de reais foram gastos com a colocação de grandes cartazes na cidade, anúncios em rádio e televisão, folhetos, boletins, panfletos distribuídos aos milhões, anunciando os slogans: “A Força está na União” e “Unidos venceremos”. Para assegurar o aparecimento de uma multidão maior, foi convidado (a troco de uma gratificação, cuja quantia não foi revelada) o intérprete mais famoso da música popular, para cantar alguns hinos. Isso garantiria a participação de milhares de jovens. Vários conjuntos também foram convidados a se apresentar, para certificar-se de que a música era do tipo que agrada às multidões.
E, para reforçar ainda mais, atletas famosos foram convidados para participar. Não seria necessário que fizessem coisa alguma, bastava ficar no palco e talvez dizer que era “muito legal ter Jesus no coração”. Vários dos principais políticos também foram convidados. Foi fácil conseguir a cooperação deles, pois era um ano de eleição. Houve protestos da parte de alguns velhos amigos do líder, dizendo que a obra de Deus deveria ser mantida pelo povo de Deus sem a “cooperação” dos que não são regenerados pelo Espírito Santo! Mais tais protestos foram logo abafados por gritos de “legalista”, “separatista”, “fundamentalista briguento” e “falta de amor”. Alguns se afastaram, mas o líder não sentiu muito a falta deles, tendo em vista o crescente embalo do movimento.
A grande campanha foi planejada com muito cuidado em seus mínimos detalhes e com bastante antecedência. No dia da reunião, verificou-se um grande sucesso! Cerca de 32.000 pessoas compareceram! O líder ficou exultante de alegria! Foi recebido com uma fanfarra e aplausos da multidão e, ao terminar a sua palestra sobre “amor, a força que une”, o estádio vibrou com aplausos e “aleluias”, parecia que, enfim, ele iria ter um sucesso total. A reunião foi longa, mas a animação foi delirante. O líder, quase fora de si, sentiu um espírito de “paz e amor” entre todos os que estavam naquela reunião. De fato, havia paz! Terminara a batalha! A vitória havia chegado! Durante os próximos meses, o líder gastaria seu tempo e recursos apresentando relatórios do grande sucesso da campanha. Sim, a batalha terminara. Mas o que o líder não sabia era que havia terminado, não porque ele esmagara o inimigo, mas porque com este havia-se identificado a tal ponto que se tornara parte da própria força inimiga. Havia paz porque todos estavam do mesmo lado. A vitória chegara – mas não era dele. Era do inimigo!

Autor Haroldo Reimer - Cutucando, O que as igrejas toleram e a Bíblia reprova - Ed. Actual


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